quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Frevo corsário

(para Elcio, em memória)

Eu quero ver o carnaval crescer
incendiar nosso amor pelas ladeiras de olinda
subo altos desço morros e escadas
todo esse sol simpatia se inspira na multidão

Quero uma preta que me beije colado
sonhando um sonho suado explode meu coração

É tão bonito ver meu povo nas ruas
colorindo a cidade
ouvindo o frevo en constante euforia
em boa viagem ou no pina
quero dançar com você
ouvindo o frevo en constante euforia
em boa viagem ou no pina
quero morrer de viver

Douglas e Macalé

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Teorema


... e a cabeça gira, gira,gira...
em 360° de febre voraz
tento traçar
a bissetriz de minha alegria
e escapar do baricentro da saudade
patinar sob eixo das abscissas
que flutuaram e sumiram...
saltar do alto das ordenadas
que por terra desabaram...
É... O destino até que podia ser uma equação de 1° grau!
Acontece que aqui,
tanto como na agronômia,
uma só raiz nunca há de vingar
A equação do destino
extrapolou todos os graus
vai além das derivadas
e das integrais,
do princípio redutor ou expansor,
e do mínimo multiplicador comum
nela a vida em linha reta
tá estreita demais pra ser feliz
pois há apenas um zilhão de variáveis
zombando de quem, inocente,
achava que a equação encerrava no 'x'

Macalé