
Quando te procuro e não te encontro nesses carnavais
eu reaprendo que a vida se aproveita enquanto dura
que a vida só dura um dia
um porre
um gesto
um gemido
um canto
um pulo
um delírio
ou um pouco mais do que isso
quando te procuro e não te encontro
no meio dos blocos e dos rostos
me dou conta que a liberdade é pagã
E A CARNE VALE
3 dias num só espaço de alegria e cansaço
é uma dose insurpotável de liberdade
para desafogar velhas mágoas
Poema extrádo do filme Lira do delírio
Proferido por Peréio
autor não conheço
Aqui vai uma singela homenagem ao amor carnal:
ResponderExcluirEu vagava a esmo encharcado
Em martírio, tortura e desilusão
E ao cruzar o açougue da esquina
Meu olhar distraído ela raptou
Estava ela vestida de branco
Toda ensangüentada e c´’oa faca na mão
Foi em torno de peças de alcatra
Que pude encontrar minha doce paixão
Açougueira
Nunca mais te esquecerei
Esses beijos de novela
O tesouro que eu ganhei
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Naquele tempo tudo era colorido
O sol raiava sempre em céu de brigadeiro
E eu era tua picanha em alta brasa
E você minha maminha na manteiga
Nossos corpos nas areias escaldantes
Com suor e salpicados de areia
No quiosque você pede um conhaque
Toma um porre e depois diz que me odeia
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Açougueira
Eu lhe peço, por favor
Não jogue todo o nosso caso
No frigorífico do amor!
ai macalé, que belo!
ResponderExcluirmas publica no blógue, não deixa essa pérola só nos comentários.