domingo, 6 de setembro de 2009

Ela era assim

Ela era assim assado
Quente, apimentada
Pelando, pelada
Ela era assim
em carne e osso
unhas e dentes
pelos e púbis
Ela era sim
As vezes seca
as vezes molhada
De pé ou deitada
Por cima ou por baixo
Queria sim
Queria assim
Queria assado
Até assar
Dos pés aos cabelos
Do começo ao fim
Ela era assim
Ria de mim, ria de tudo
ria de nada
E dizia sim, dizia vem
dizia vai
Ela era assim assado
De frente, de costas, de lado.

Gabriel S. Rocha

4 comentários:

  1. uma poesia digna do mais legítimo bacharel das volúpias; eis o cara: Gabriel!!!

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  2. gente, a liga católica pelo bem e a ordem na literatura vai surtar quando ler isso aqui, hein?
    eu fico do lado de voces! menos em caso de prisão.

    agora, falando brincadeira, ops, sério (mas sério mesmo): tá ficando cada vez mais legal o blog! isso de chamar uma galera pra fazer os poemas é muito bacana!
    vários deles são muito melhores do que o que a gente costuma ver em saraus, onde sobra pretensão, chatice, poemas emproados e vaidosos.
    eu boto fé!

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