segunda-feira, 28 de setembro de 2009

só pra completar

só pra completar a sessão :

mitologia macaléica


Mais uma do bruxo de saquarema, amigo do Serguey , se pá da Janis e afilhado de uma ex-chaquerete mas o quadro que ele fez foi pra mim e vai com a poesia que têm a mesma verve das outras desse nosso pedra 90, valeu meu corsário cuidado com o Osório ,mas não tenha medo da vida, É NOIZE.


Se os olhos são as janelas da alma...


Talvez no breu da pálpebra cerrada
Possa fitar, ainda que momentânea,
A casca de noz velada
N’universo de meu âmago

Uma vasta e também cega
Multidão de mãos atadas
Girando anos-luz
Em nebulosa ciranda de etern’alegria


Se os olhos são as janelas da alma...

Brinco de cabra-cega
Na vaga-idéia de ser
Macalé

domingo, 6 de setembro de 2009

Ela era assim

Ela era assim assado
Quente, apimentada
Pelando, pelada
Ela era assim
em carne e osso
unhas e dentes
pelos e púbis
Ela era sim
As vezes seca
as vezes molhada
De pé ou deitada
Por cima ou por baixo
Queria sim
Queria assim
Queria assado
Até assar
Dos pés aos cabelos
Do começo ao fim
Ela era assim
Ria de mim, ria de tudo
ria de nada
E dizia sim, dizia vem
dizia vai
Ela era assim assado
De frente, de costas, de lado.

Gabriel S. Rocha

sábado, 5 de setembro de 2009

Enquanto dançávamos( versão original)

Ow galera foi zuado a outra versão mandei diferente, sorry ,maca aí vaí seu filho como veio ao mundo , inté mais pessoar !!


Enquanto dançávamos

Enquanto dançávamos
enquanto dançávamossuores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas

enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas

tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas tricheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas

e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura

e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
mergulhando no abismo etéreo da cega dança do universo

Macalé

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Enquanto dançávamos

Algumas poesias devem ser lidas em silêncio em casa meditando outras para serem ditas em voz alta no palco essa nasceu em busca de outra cidade para ser dançada na beira do abismo, mas isso o bigode já disse, posso até imaginar que essa poesia veio numa de nossas possessões em alguma de nossas caminhadas de vinhos e madrugadas, porém para os que têm amnésia alcoólica resta a imaginação.

Enquanto dançávamos

enquanto dançávamos
suores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas

enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas

tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas trincheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas

e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura

e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
incrívelmente girando!!!!e estourando os portais da quarta dimensão

Macalé