segunda-feira, 26 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

amor-origem-destino

Depois de longa ressaca curtida estou voltando à carne
VOLTEM POETAS!!! A carne não pode ficar às moscas

Amor-origem-destino

...e se o caminho é mesmo o amor...
O destino nada vale
Vale mesmo o trajeto
Tudo aquilo onde se perambula
De mãos dadas com o acaso
Tudo aquilo que se leva no lero
Sem fechar as normas ou impor juízo
O caminho da adição e do excesso
Ao caminho da abstenção e do controle
Amor de peito aberto ao vindouro
Seja lá qual seja
Sempre desatento e distraído,
Como o poeta já disse,
É assim que venceremos
Sempre caro demais
Pra caber no poema
Amor –broto- água- algodão
Amor- feijão
Fonte rica em ferro
Ferro abrasivo uma faca
Alimenta
Maltrata
Engorda
Mata
Amor frugal
Amor que se usa no arroz de mãe
Amor seminal
Não cumpre cartilha
Não demonstra fé genuína
Na pureza do amor cristão
Amor de fel
Amor que te lambuza
Adoça entorpece
Amor de mel
Amor que te come vivo
Verme voraz tempestivo
Amor primitivo,
Simplesmente é.
Amor primário ordinário
Matéria- bruta
Carta fora do baralho
Inconseqüente enquanto um curso
De meândrico rio desviado
Rio misterioso nunca trafegado
Por aqueles que temem topar
O confronto
A vazão
A incerteza
E deparar-se c'oa fúria titãnica
Dum insano amor correnteza
Mas se o amor é mesmo o caminho...
Na caravana de Eros viajas
Na estação Thanatos encerra-te

Macalé

Finalidade

Disparar trovões em matinês dionisíacas
Esfarrapar-se nas trincheiras do arrabalde
Jorrar feixes de luz no prisma feroz da madrugada
Esmigalhar mil fractais na boca da caverna
Especular mitologias galácticas em novas auroras
Traçar uma nova via-crúcis em desertos de caramelos
Pestanejar soberbo a liberdade em cabarés monárquicos
Desfiar as tumbas
Inocular as virgens
E calar os sábios
Tomar uma cerveja no inferno
E botar na conta de Deus
Feito tudo isso, talvez tenha sentido a palavra finalidade.

macalé