eu vou sair distribuindo porradas do jeito que eu sei
eu vou sair no sereno esmurrando o coro dos contentes
à todos que me dizem ´bem quisto´
eu vou dizer que na verdade não existo
eu vou dizer que fali...
não, na verdade
eu vou dizer que não valho
nem o último centavo numa folha
nem a última notícia num orvalho
eu vou dizer que minha casa agora flutua
pois não precisa mais de minhas vertebras
pra sustentar sua laje
eu vou dizer que estou livre, enfim,
pra mamar nas tetas da lua
todo o néctar das noites brancas
e empregar meu miserável espólio
no valor exorbitante de minha alegria
Macalé
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário