quando te vejo partir
compreendo o gosto lacrimoso e senil da memória
quando te vejo partir
fica-me clara a ilha de edição que é a vida
quando te vejo partir
fica-me nítida a sombra daquele momento
e o acre paladar dos limoeiros
que nos cercam em meio a brincadeira
quando te vejo partir
o limoeiro e suas raízes me encobrem
com o rutilante gosto de passado curtido
e corrói-me com a acidez da lembrança
uma cítrica saudade dum quintal largo e florido
onde todos acenavam com mimos
imagem imortalizada
que agora dilui na película vazada
daquilo que já se foi
Macalé
quarta-feira, 16 de junho de 2010
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