Se não existisse paixão não precisariamos de álcool
Ninguém bebe por que gosta, já disse o grande contista
A paixão muitas vezes se manifesta tragi-cômica:
começa comédia e termina tragédia
O álcool é o combustível,
a explosão,
a combustão do motor de arranque
Você bebe pra começar
e beberá ainda mais
quando sentir que tudo
está pra terminar
que tudo aquilo vai acabar
que tudo terá um fim
E você vai se acabar
antes de tudo acabar
Você terá seu fim antes do fim
sem fim...
O álcool é o anestésico momentâneo
da dor de quem foi triturado por dentro,
de quem teve o coração arrancado,
esmagado,
cortado em fatias
e servido às piranhas
É a peneira com a qual
você vai se proteger
do Sol do fracasso
A reticência travestida de ponto final
A dose de coragem pro fatídico e eterno
recomeçar...
G.S.R
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
ascensão
ascensão
...de quem me leve no bico na lábia no lero...
não quero
em matéria de saber
só quero
...quem na brisa no sopro na pluma me embale e me leve...
seja e-book
seja e-song
seja e-mail
e-leve...
transmutando em gás nobre
meu delírio delétério
muito prazer terráqueos
me chamem agora de Hélio
baforando agora em volutas matreiras
a tenra carne de tua ondulante cordilheira
leve ao toque de brisa pastel
a luz difusa dum cândido céu
e assim talvez me eleve
baseado em fagulhas
de futeis afagos
no final do juízo
d'algum verde vale
ao ponto dum súplico voto fazer
a idéia mais valiosa
que só cabra mudo-surdo-cego há de ter
o voto de pobreza de meu rico ser
Macalé
...de quem me leve no bico na lábia no lero...
não quero
em matéria de saber
só quero
...quem na brisa no sopro na pluma me embale e me leve...
seja e-book
seja e-song
seja e-mail
e-leve...
transmutando em gás nobre
meu delírio delétério
muito prazer terráqueos
me chamem agora de Hélio
baforando agora em volutas matreiras
a tenra carne de tua ondulante cordilheira
leve ao toque de brisa pastel
a luz difusa dum cândido céu
e assim talvez me eleve
baseado em fagulhas
de futeis afagos
no final do juízo
d'algum verde vale
ao ponto dum súplico voto fazer
a idéia mais valiosa
que só cabra mudo-surdo-cego há de ter
o voto de pobreza de meu rico ser
Macalé
curtindo a ascensão
curtindo a ascensão
SOFRI
SOU FREE
I´M SOUL FREE
de peito aberto pro pulo
livre ao que Deus dará ou não
pulando -pausa- pousando
em picos de pluma
quiçá pairando a pose posto em pé
no prumo da pata
Ah! patológico e pasmo ser
pendura:
as chuteiras no bico do vale
e se se livra do peso
do plúmbico agouro
da pátria descalça
talvez, brote, agora, chinelos doirados
de meus tortos artelhos
me torne então arcanjo veloz
filho do vento
e possa então tocar,
de trivela a bola
á estrela solitária
dum Mané
sem lenço nem documento
ou simplesmente me depare
c'oa anarquia celeste e desvairada de meu pai
e em rubras taças tilintar ao leo
EVOHÉ meu velho
encerro assim minhas pálpebras
na vagarosa sinfonia de teu céu
Macalé
SOFRI
SOU FREE
I´M SOUL FREE
de peito aberto pro pulo
livre ao que Deus dará ou não
pulando -pausa- pousando
em picos de pluma
quiçá pairando a pose posto em pé
no prumo da pata
Ah! patológico e pasmo ser
pendura:
as chuteiras no bico do vale
e se se livra do peso
do plúmbico agouro
da pátria descalça
talvez, brote, agora, chinelos doirados
de meus tortos artelhos
me torne então arcanjo veloz
filho do vento
e possa então tocar,
de trivela a bola
á estrela solitária
dum Mané
sem lenço nem documento
ou simplesmente me depare
c'oa anarquia celeste e desvairada de meu pai
e em rubras taças tilintar ao leo
EVOHÉ meu velho
encerro assim minhas pálpebras
na vagarosa sinfonia de teu céu
Macalé
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
fábula dos quatro elementos: a felicidade e a paz, o caos e a alegria
fábula dos quatro elementos: a felicidade e a paz, o caos e a alegria
a paz só faz por querer ultrapassar os problemas sem resolvê-los
a felicidade uma enganosa fantasia de crer que a pureza está aqui e é intacta
o caos quer avacalhar, rir da cara de quem controla
a alegria vem como o laitmotiv da plebe
um modo de gozar no conflito
a paz visita os arrabaldes de helicóptero para diagnosticar
a felicidade quer ostentar nas ruas seu rolex sem se infectar
o caos possesso deseja pegar na unha até o último hectare de seu latifúndio
a alegria deseja solenemente desfraldar a bandeira azul-celeste da eternidade
mas a felicidade insiste em impor seu plástico circo
para uma vasta multidão de banguelos mascadores de chiclete que,
devido a alegria,
estarão amanhã limpando as vitrines de caramelo de nossas ruas tão augustas
de ressaca
entretanto, o caos propõe a farra-fa-tal ao passo que um garoto esfaqueia um playboy
e um outro garoto vira gigolô
e a paz? A paz não invadiu meu coração
e está preocupada demais com suas duplicatas,subprimes e IGP-Ms pra saber realmente do que trata a alegria...
porque segundo a alegria no bar todo mundo é igual,
mas a felicidade teima em dizer que algo cheira mal
a paz vai de Armani
a felicidade de Dolce & Gabbana
o caos vai de havaiana
e a alegria de Bamba-cabeção
Á Santos Dumont:
dedico o poema abaixo a nosso célebre patrono da aviação: Alberto Santos Dumont, uma daquelas poucas pessoas que puderam provar o deleite de estar no momento certo e na hora certa com uma brilhante idéia na cachola.Não fosse o fato de estar em Paris (maior metrópole cultural da época),seriam os irmãos Wright os grandes donos da aviação.Mas ao ter adquirido o trunfo do alado advento nosso brasileiro passaria por uma grande frustração: ver seu invento sendo utilizado á fins mesquinhos e inescrupulosos custou uma grande tristeza seguida de morte a um homem que defendia um visão humanista do saber técnico.
Á Santos Dumont:
Á revelia da leveza
elevada performance
minerva em saraivadas de prata
plúmbicos assovios
n´áurora iluminada
sísmicas trombetas
de anjos esfarrapados
solapadas de tesão
em abóbadas trepidantes
finitosfera terráquea
em pé de putrefação
mais um tolo impulso
neste atômico ritual
comunhão supersônica
em céus de safira
escarradas de nióbio
surrando negras nuvens
supersônica alquimia
trespassando anos-luz
a mitologia terrena
das asas de cera
orgulho matemático
perante andorinhas, falcões e colibris
supersônica utopia
contemplar-se, quiçá, um dia,
ao lado da Estrela Vésper
tola inveja
sentes, amiúde, o demiúrgico gozo da criação
ao dotar tua máquina alada
de leveza, sensualidade e função
faz jus a tua certeira e brilhante razão
conduzir aéreas caravanas
com eletrônicos miolos irmãos
divinas e pérfidas esquadrilhas
de fumaça venenosa
furioso Enola Gay
fazendo brotar imensas labaredas de cogumelo
engulam agora como fato consumado
o trágico poder do acaso
ousar tomar os céus de assalto
toneladas de carne, sangue e ossos lhe custaram.
Macalé
Á Santos Dumont:
Á revelia da leveza
elevada performance
minerva em saraivadas de prata
plúmbicos assovios
n´áurora iluminada
sísmicas trombetas
de anjos esfarrapados
solapadas de tesão
em abóbadas trepidantes
finitosfera terráquea
em pé de putrefação
mais um tolo impulso
neste atômico ritual
comunhão supersônica
em céus de safira
escarradas de nióbio
surrando negras nuvens
supersônica alquimia
trespassando anos-luz
a mitologia terrena
das asas de cera
orgulho matemático
perante andorinhas, falcões e colibris
supersônica utopia
contemplar-se, quiçá, um dia,
ao lado da Estrela Vésper
tola inveja
sentes, amiúde, o demiúrgico gozo da criação
ao dotar tua máquina alada
de leveza, sensualidade e função
faz jus a tua certeira e brilhante razão
conduzir aéreas caravanas
com eletrônicos miolos irmãos
divinas e pérfidas esquadrilhas
de fumaça venenosa
furioso Enola Gay
fazendo brotar imensas labaredas de cogumelo
engulam agora como fato consumado
o trágico poder do acaso
ousar tomar os céus de assalto
toneladas de carne, sangue e ossos lhe custaram.
Macalé
a sereia e o malandro
Vejam no que deu o encontro do malandro da alegria e de minha sereia do infinito, vinda devidamente bronzeada pelo sol de Olinda.
Guardanapo alfa
E se guardo o que desejas com a boca poeta
É porque quero o poeta e a boca
Em tudo que sem pudor algum gravita
Mas nada desejo em guarda
Pudico resguardo
Me rasgo
Me rasgo às 7 léguas
Dos confins de mil fagulhas e fogos afins
Guardanapo beta
No viaduto eu vi um índio nu
Ele cantava e girava o que via
E cantava nu
E torrou a pestana de tanto sonhar
Nosso almoço homérico
Antes de jejuar
Perdoem-me os hebraicos
mas estou acima do pecar
não quero mais almas gêmeas
não quero mais sossego
só quero uma alma chamando:
onde está meu nego ?
e nego em absoluto o momento
e não mais me iludo
jogo n dados de meu ser
ao eterno trafegar do teu criado-mudo
guardanapo gama
quem sabe um dia
nesse novo olhar
quem sabe um mote
nosso novo par...
mas eu sofri
e hoje sou free
talvez possa te falar
que não vivi
mas sou free
e sofri...
quem sabe um dia
viverei em eterno frenesi
Stella & Macalé
Guardanapo alfa
E se guardo o que desejas com a boca poeta
É porque quero o poeta e a boca
Em tudo que sem pudor algum gravita
Mas nada desejo em guarda
Pudico resguardo
Me rasgo
Me rasgo às 7 léguas
Dos confins de mil fagulhas e fogos afins
Guardanapo beta
No viaduto eu vi um índio nu
Ele cantava e girava o que via
E cantava nu
E torrou a pestana de tanto sonhar
Nosso almoço homérico
Antes de jejuar
Perdoem-me os hebraicos
mas estou acima do pecar
não quero mais almas gêmeas
não quero mais sossego
só quero uma alma chamando:
onde está meu nego ?
e nego em absoluto o momento
e não mais me iludo
jogo n dados de meu ser
ao eterno trafegar do teu criado-mudo
guardanapo gama
quem sabe um dia
nesse novo olhar
quem sabe um mote
nosso novo par...
mas eu sofri
e hoje sou free
talvez possa te falar
que não vivi
mas sou free
e sofri...
quem sabe um dia
viverei em eterno frenesi
Stella & Macalé
domingo, 11 de outubro de 2009
Dois quixotes
Dois Quixotes
Demócrito passou no bar do cabelo
E riu de minhas asas se Orfeu
Edmilson, o profeta, entoava homéricos djavús
Yasmin Fontes com a candura típica dos negros de alma iluminada ]disse: ‘Deus não me fez branca para eu ser franca’
Cantamos então uma homenagem ao amor carnal
Corporificada numa açougueira
Nosso divino amigo-mulher vibrou
E me fez tocar as tetas do éden
Cabelo nos recomendava que aquele simpósio deveria ser pago
Só pagamos porque bebíamos mijo dourado d’algum anjo da Rego Freitas
Avistamos então uma delgada Medusa vinda da Espanha, de vestido encarnado e língua de serpente
Seduziu um mortal que passava de Audi A3 e levou-o para tomar água-da-Jamaica em Mira-Celi...
Éramos dois Quixotes órfãos de Sancho-pança
Que vivenciavam uma divina orgia com as afilhadas de Shiva
Entidades que compartilhavam o sagrado com seus mortais amados
No esgoto primaveril duma República
Perdida n’algum Centro da Terra
E riu de minhas asas se Orfeu
Edmilson, o profeta, entoava homéricos djavús
Yasmin Fontes com a candura típica dos negros de alma iluminada ]disse: ‘Deus não me fez branca para eu ser franca’
Cantamos então uma homenagem ao amor carnal
Corporificada numa açougueira
Nosso divino amigo-mulher vibrou
E me fez tocar as tetas do éden
Cabelo nos recomendava que aquele simpósio deveria ser pago
Só pagamos porque bebíamos mijo dourado d’algum anjo da Rego Freitas
Avistamos então uma delgada Medusa vinda da Espanha, de vestido encarnado e língua de serpente
Seduziu um mortal que passava de Audi A3 e levou-o para tomar água-da-Jamaica em Mira-Celi...
Éramos dois Quixotes órfãos de Sancho-pança
Que vivenciavam uma divina orgia com as afilhadas de Shiva
Entidades que compartilhavam o sagrado com seus mortais amados
No esgoto primaveril duma República
Perdida n’algum Centro da Terra
Macalé
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Sou suspeito sim, e daí caraí !!!
Começando a sessão pra ajudar , ou não, a divulgar trampos de amigas e amigos , essa daqui vai pra açogueira e destruidora de lares lá do morro do querosene ,e tudo era fogo e vento, Carolzinha Teixeira poetisa, artista plástica, atora , vendedora de trufa e muvuqueirae de linha frente e uma da mais novas frequentadoras do Bar Ghassan juntamente com Ciça e Utererê:
A Poetisa:
... remendos ...
Quero secar as minhas lágrimas
junto aos meus.
Desde os outros milianos,
adentrando rumos em segredo nosso.
Chegamos ao remédio do remediado
filosofias de remendo.
Hoje trabalho removendo
a terra do túmulo de meu avô.
Um elo quebrado
dos mares de demônios.
Sou filha do mar
e o meu olho é rasgado
pela sua praga que
azeda o caldo.
Não venha com sua maldade,
nos subterrâneos o martelo
inverte o desgaste.
Traz a sua reza fina
pra contemplar o que
não enche a nossa barriga.
Mas não chegue na maldade
porque nosso elo é
a vírgula.
O meu olho é rasgado, e
é minha alegria.
Silêncio diante da nossa imensidão
que a sua vista nem chega.
São nossos corpos,
prestenção,
de fogo
água
vento
montanha
terra
rio e
trovão
Aqui costuma morar o poço do mundo.
É um profundo onde eu
piso nos mortos e
respiro sua respiração.
Curamos então nossos umbigos
furtados
e assim eu digo
que há comida no prato
estamos salvos.
Guarde a sua maldade,
nossos passos são furtivos
tu desconheces
e o olho foi rasgado.
A Poetisa:
... remendos ...
Quero secar as minhas lágrimas
junto aos meus.
Desde os outros milianos,
adentrando rumos em segredo nosso.
Chegamos ao remédio do remediado
filosofias de remendo.
Hoje trabalho removendo
a terra do túmulo de meu avô.
Um elo quebrado
dos mares de demônios.
Sou filha do mar
e o meu olho é rasgado
pela sua praga que
azeda o caldo.
Não venha com sua maldade,
nos subterrâneos o martelo
inverte o desgaste.
Traz a sua reza fina
pra contemplar o que
não enche a nossa barriga.
Mas não chegue na maldade
porque nosso elo é
a vírgula.
O meu olho é rasgado, e
é minha alegria.
Silêncio diante da nossa imensidão
que a sua vista nem chega.
São nossos corpos,
prestenção,
de fogo
água
vento
montanha
terra
rio e
trovão
Aqui costuma morar o poço do mundo.
É um profundo onde eu
piso nos mortos e
respiro sua respiração.
Curamos então nossos umbigos
furtados
e assim eu digo
que há comida no prato
estamos salvos.
Guarde a sua maldade,
nossos passos são furtivos
tu desconheces
e o olho foi rasgado.
(Carolzinha Teixeira)
A blogueira:
A atora:
.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
mitologia macaléica
Mais uma do bruxo de saquarema, amigo do Serguey , se pá da Janis e afilhado de uma ex-chaquerete mas o quadro que ele fez foi pra mim e vai com a poesia que têm a mesma verve das outras desse nosso pedra 90, valeu meu corsário cuidado com o Osório ,mas não tenha medo da vida, É NOIZE.
Se os olhos são as janelas da alma...
Talvez no breu da pálpebra cerrada
Possa fitar, ainda que momentânea,
A casca de noz velada
N’universo de meu âmago
Possa fitar, ainda que momentânea,
A casca de noz velada
N’universo de meu âmago
Uma vasta e também cega
Multidão de mãos atadas
Girando anos-luz
Em nebulosa ciranda de etern’alegria
Multidão de mãos atadas
Girando anos-luz
Em nebulosa ciranda de etern’alegria
Se os olhos são as janelas da alma...
Brinco de cabra-cega
Na vaga-idéia de ser
Na vaga-idéia de ser
Macalé
domingo, 6 de setembro de 2009
Ela era assim
Ela era assim assado
Quente, apimentada
Pelando, pelada
Ela era assim
em carne e osso
unhas e dentes
pelos e púbis
Ela era sim
As vezes seca
as vezes molhada
De pé ou deitada
Por cima ou por baixo
Queria sim
Queria assim
Queria assado
Até assar
Dos pés aos cabelos
Do começo ao fim
Ela era assim
Ria de mim, ria de tudo
ria de nada
E dizia sim, dizia vem
dizia vai
Ela era assim assado
De frente, de costas, de lado.
Gabriel S. Rocha
Quente, apimentada
Pelando, pelada
Ela era assim
em carne e osso
unhas e dentes
pelos e púbis
Ela era sim
As vezes seca
as vezes molhada
De pé ou deitada
Por cima ou por baixo
Queria sim
Queria assim
Queria assado
Até assar
Dos pés aos cabelos
Do começo ao fim
Ela era assim
Ria de mim, ria de tudo
ria de nada
E dizia sim, dizia vem
dizia vai
Ela era assim assado
De frente, de costas, de lado.
Gabriel S. Rocha
sábado, 5 de setembro de 2009
Enquanto dançávamos( versão original)
Ow galera foi zuado a outra versão mandei diferente, sorry ,maca aí vaí seu filho como veio ao mundo , inté mais pessoar !!
Enquanto dançávamos
Enquanto dançávamos
enquanto dançávamossuores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas
enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas
tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas tricheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas
e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura
e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
mergulhando no abismo etéreo da cega dança do universo
Macalé
Enquanto dançávamos
Enquanto dançávamos
enquanto dançávamossuores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas
enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas
tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas tricheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas
e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura
e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
mergulhando no abismo etéreo da cega dança do universo
Macalé
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Enquanto dançávamos
Algumas poesias devem ser lidas em silêncio em casa meditando outras para serem ditas em voz alta no palco essa nasceu em busca de outra cidade para ser dançada na beira do abismo, mas isso o bigode já disse, posso até imaginar que essa poesia veio numa de nossas possessões em alguma de nossas caminhadas de vinhos e madrugadas, porém para os que têm amnésia alcoólica resta a imaginação.
Enquanto dançávamos
enquanto dançávamos
suores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas
enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas
tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas trincheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas
e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura
e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
incrívelmente girando!!!!e estourando os portais da quarta dimensão
Macalé
Enquanto dançávamos
enquanto dançávamos
suores, gingados, bailados, malabarismos over and over, volúpias
adocicadas da morena das marolas encaracoladas
enquanto dançávamos
girando e girando
mil palhaços ateavam fogo nos circos
malabaristas chapados brincavam de xamãs no globo da morte
carrosséis de alcaçuz rodavam a 3000 RPMs
caldas de caramelo lambuzavam a boca das bonecas
picolés galáticos eram devorados por multidões de crianças
famintas
tudo enquanto dançávamos
girando, girando, e girando
rotacionando uma engrenagem carnal movida a torpor
energia cinética provida da dilaceração dos sentidos
o universo de carne e osso chamado loucura
e nossos corpos em braza
girando, girando, girando, e girando
as metralhadoras ensurdeciam nas trincheiras
bárbaros em guerra piedosamente clamavam cessar-fogo
atlântida ressurgia tomada de líquens e corais
os deuses astronautas voltavam a erguer suas pirâmides
uma caravana de 59000 jagunços tomava as ruas
o sol da meia-noite baixava no paissandú
vasco da gama desbravava as índias interplanetárias
bombardeios de brigadeiro estouravam em rotas jamais
percorridas
e nós...nós com nada mais nos importávamos e mais e mais
girávamos, girávamos, girávamos tão quão mais girávamos
picadeiros incendiavam
a rota dos astros estropiava
o calendário lunar entrava em colapso
guitarras lascivas varavam as vísceras
tudo era quente, quente como uma batata latejante em 1000
graus de fervura
e nós... e para nós a dimensão era atemporal
brincávamos de ser eternos
estourando ampulhetas de caramelo e mais do que nunca
girando, girando, girando, girando, e girando
incrívelmente girando!!!!
e estourando os portais da quarta dimensão
incrívelmente girando!!!!e estourando os portais da quarta dimensão
Macalé
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
UMA P.
Esse texto sacana foi mandado por BR-16 poeta e cowboy de Barueri, sempre disposto a uma boa farra, também foi dono-amigo do chimbo a cão andarilho que partiu de Barueri para viver numa comunidade hippie no mato-grosso do sul .
UMA P.
olha que o melhor da teta
molho do melhor da festa
se acha moço, muito moço
e passa a vida toda em busca
num arbusto, ao fim da linha
sala ou fila pegue e pague
Mas,
se acaso acha a moça
qu’é a melhor de todas
te mantém o susto
da primeira teta
revista P. ou Cine Vê
pá-pá-pá-página
Ela,
remete um pouco
a punheta imberbe
que do olho em riste
(papai-vôvô-titia)
zarpou!
se consome em brasa ali:
púbis
perna
porra
a cena
é tal -
que hoje o novo susto
daquela toda inteira linda
quem encaixa a voz no ouvido
(que brinquedo!)
tem um pouco da primeira
que estava em alguma tarde
duro, num canto oculto
lá na casa dos quatorze
- em pé.
ela ai de pé agora
essa boquinha, rosada...
te devora tal menino
safada!
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Infelizmente por nossa incapacidade de dominar o mundo virtual não podemos colocar essa poesia com toda sua riqueza visual ,mas em breve publicaremos em papéis e distribuiremos em banheiros públicos, bailes de terceira e idade e em qualquer lugar onde a sacagem corra solta.
“ A alegria de viver, que é a razão, o motivo mais forte da própria vida, torna-se mais forte justamente quando ela é contrariada. Por mais paradoxal que pareça, a concepção trágica da vida pode levar ao pessimismo, mas também pode estimular a alegria de viver, em vez de levar a condenar a vida, suas tristezas e misérias. É nas situações mais trágicas e terríveis que se manifesta esta força maior, que é a alegria de viver. A vida é a mais difícil das tarefas e o amor à vida o mais difícil dos amores, mas também o mais gratificante. Como escreveu Nietzsche, ‘tudo o que não me mata me fortalece’. Ou, como diz o provérbio brasileiro, o que não mata engorda.”Clément Rosset, filósofo francês em entrevista a’O Globo em 10/08/2001
ALEGRIA
Manifestação desgraçada da alma que metralha purpurina nas pálidas faces de concreto armado Sussurro indecente que escorre das almas sebosas da Cracolândia Insurgência diarréica expelida do lumpen-diamante-bruto vagando em vielas de chorume Sublimação de todo o xisto betuminoso das vias marginais rompendo fendas e tragando automóveis.
ALEGRIA
Berro luminoso expurgado do vórtex das cacholas embebedadas Escarros de neon vertidos das bocas-de-lobo Espasmo incandescente de lobotomias urbanóides Catarse radioativa de freqüências boçais em ouvidos terráqueos
ALEGRIA
Corrosão vertiginosa de todo e qualquer status quo Arremedos de delírio em sorveterias psicotrópicas Rolar dadinhos de pedra nas loterias da babilônia provar uma fagulha de novo aeon e sair pulando as catacumbas corporativas dos rinocerontes almofadonhos*
ALEGRIA berro
ALEGRIA manifestação
ALEGRIA sussurro sublimação transgressão
ALEGRIA escarro
ALEGRIA lobotomia corrosão arremedo
ALEGRIA loteria dado desejo
ALEGRIA fagulha fantasia
ALEGRIA = ORGIA
MACALÉ
*almofadinha + enfadonho = almofadonho!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
making off
Essa daqui saiu na antologia do sarau da brasa e conta a história de um caranguejo pobre que se apaixonou por uma sereia neo-liberal.
Making Off
Plano detalhe no perfil da moça
Nariz , boca e queixo cheirando desejo
Será que eros fará nosso remake ?
Ou seremos apenas velhos filmes mofados ?
Minha retina película
se desmancha no vento que cobre seus cabelos
Tento prender seus poros por mais alguns instantes
mas é inútil perante sua liberdade road movie
Sou causa e efeito de tua incostância
Cidade consumada e consumida
perdendo o foco de nossos corpos atrelados
que n~ao precisam de final feliz e nem lanterninha
pois 'e no escuro do cinema que recriamos o mundo.
essa foto sou eu na e em brasa tirada no ano passado
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Súbito, efêmero e inesperado encontro
Que a dor seja passageira
embora tudo fique na lembrança
A espera é longa
O prazer é curto
mas é muito
Nos encontramos no inesperado
e já esperado
Expirado
Nos envolvemos no quente êfemero
Sigo seus passos no descompasso
Minha vida súbita
Minha lenta morte
Minha euforia
Minha alegria
Meu desalento
Meu doce venêno
Meu encantado desencanto
Que a ferida cicatrize
Embora as marcas permaneçam
A estrada é longa
e não vejo nada além do horizonte
Meu descompasso segue seus passos
E o seu ritmo está no meu compasso
Nossos caminhos se encontram no ocaso
e se separam sem fazer caso
Nos encontramos em algum futuro
no além do horizonte
Estaremos no paraíso
ou talvez à beira de um abismo
Gabriel S. Rocha
embora tudo fique na lembrança
A espera é longa
O prazer é curto
mas é muito
Nos encontramos no inesperado
e já esperado
Expirado
Nos envolvemos no quente êfemero
Sigo seus passos no descompasso
Minha vida súbita
Minha lenta morte
Minha euforia
Minha alegria
Meu desalento
Meu doce venêno
Meu encantado desencanto
Que a ferida cicatrize
Embora as marcas permaneçam
A estrada é longa
e não vejo nada além do horizonte
Meu descompasso segue seus passos
E o seu ritmo está no meu compasso
Nossos caminhos se encontram no ocaso
e se separam sem fazer caso
Nos encontramos em algum futuro
no além do horizonte
Estaremos no paraíso
ou talvez à beira de um abismo
Gabriel S. Rocha
sábado, 1 de agosto de 2009
Açougueira
Aqui vai uma singela homenagem ao amor carnal:
Eu vagava a esmo encharcado
Em martírio, tortura e desilusão
E ao cruzar o açougue da esquina
Meu olhar distraído ela raptou
Estava ela vestida de branco
Toda ensangüentada e c´’oa faca na mão
Foi em torno de peças de alcatra
Que pude encontrar minha doce paixão
Açougueira
Nunca mais te esquecerei
Esses beijos de novela
O tesouro que eu ganhei
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Naquele tempo tudo era colorido
O sol raiava sempre em céu de brigadeiro
E eu era tua picanha em alta brasa
E você minha maminha na manteiga
Nossos corpos nas areias escaldantes
Com suor e salpicados de areia
No quiosque você pede um conhaque
Toma um porre e depois diz que me odeia
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Açougueira
Eu lhe peço, por favor
Não jogue todo o nosso caso
No frigorífico do amor!
Eu vagava a esmo encharcado
Em martírio, tortura e desilusão
E ao cruzar o açougue da esquina
Meu olhar distraído ela raptou
Estava ela vestida de branco
Toda ensangüentada e c´’oa faca na mão
Foi em torno de peças de alcatra
Que pude encontrar minha doce paixão
Açougueira
Nunca mais te esquecerei
Esses beijos de novela
O tesouro que eu ganhei
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Naquele tempo tudo era colorido
O sol raiava sempre em céu de brigadeiro
E eu era tua picanha em alta brasa
E você minha maminha na manteiga
Nossos corpos nas areias escaldantes
Com suor e salpicados de areia
No quiosque você pede um conhaque
Toma um porre e depois diz que me odeia
Açougueira
O meu mundo se incendeia
Meu coração não é um bife
Pra você jogar na grelha
Açougueira
Eu lhe peço, por favor
Não jogue todo o nosso caso
No frigorífico do amor!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
A carne vale !!!
Quando te procuro e não te encontro nesses carnavais
eu reaprendo que a vida se aproveita enquanto dura
que a vida só dura um dia
um porre
um gesto
um gemido
um canto
um pulo
um delírio
ou um pouco mais do que isso
quando te procuro e não te encontro
no meio dos blocos e dos rostos
me dou conta que a liberdade é pagã
E A CARNE VALE
3 dias num só espaço de alegria e cansaço
é uma dose insurpotável de liberdade
para desafogar velhas mágoas
Poema extrádo do filme Lira do delírio
Proferido por Peréio
autor não conheço
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